quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vai com calma - parte 2

Somente para completar o post anterior:

 
"Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver escrito nas escrituras sagradas. Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso disse. Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é a verdade. Não acredite em mim. Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo."

(Siddartha Gautama, o Buddha, Kalama Sutra 17:49)

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Vai com calma

Há mais ou menos um mês eu resolvi conhecer o budismo na prática. Tomei essa decisão, resumidamente, por que após ler algumas coisas sobre filosofias orientais a idéia de que a realidade só pode ser conhecida na prática começou a fazer muito sentido. 

 
Eu poderia me extender muito falando disso de conhecer a realidade na prática - na verdade escrevi alguma coisa e salvei em rascunho, pois não é bem aonde quero chegar agora, hehe. Fica para o próximo post.

Fato é que realmente visitar templos e centros de estudos me fez sentir que "achei o que estava faltando" nos livros. Essa sensação de achar algo há muito procurado é deliciosa; um exemplo muito tosco seria o de ver a luz no final do túnel. Até aí, tudo bem. O problema, para mim, começou logo em seguida, quando vi a imensidão dos caminhos disponíveis para seguir adiante. Nessa hora, minha cabeça formatada pela velha visão tentou agir da forma mais óbvia: tentar agarrar tudo de uma só vez. Não é bem por aí. 
  
Nos Escritos Básicos de Chuang Tzu, trecho 3 (O Segredo do Cuidado com a Vida) ele fala: "Tua vida tem um limite, mas o conhecimento não. Se utilizares o limitado para perseguir o que não tem limite, estarás em perigo. Se compreendes isto e ainda lutas por conhecimento, estarás certamente em perigo. Se fizeres o bem, afasta-te da fama. Se fizeres o mal, afasta-te do castigo. Segue o meio; vai pelo que é constante e permanecerás inteiro, manter-te-ás vivo, cuidarás de teus pais e viverás até o fim dos teus dias".   
  
Percebi que eu estava lidando com o budismo da mesma forma que lidava com livros, até bem pouco tempo atrás: saía de casa em busca de algum livro qualquer e chegando no sebo, acabava comprando quatro ou cinco e no final nunca encontrava tempo para ler tudo. Claro que livros são maravilhosos e é ótimo montar uma pequena biblioteca particular, mas não adianta nada ter um zilhão de títulos na estante e ter lido apenas alguns desses.  Pura ostentação.
 
Portanto decidi seguir essa nova via que se abriu para mim de outro jeito, sem pressa de alcançar a perfeição, com um andar muito mais natural e espontâneo, prestando atenção em todos os detalhes que vão aparecendo. Porque no final das contas, acho que o Di Melo estava corretíssimo quando escreveu a letra dessa música: 
  

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Caminhos

Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum - para si mesmo ou para os outros - abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. Olhe cada cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessário... Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.

Carlos Castañeda.

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