sábado, 27 de junho de 2009

Have You Met Miss Jones?

Último dia antes da viagem, manhã chuvosa, pouco tempo para acertar o que faltava para a viagem. Fui ao Gonpa e prática de Tara foi realmente curta e intensa. Dei uma passada rápida na casa do Fernando, encontrei com o Tiago e fomos imprimir os mapas da Chapada.

Só mais algumas horas de trabalho daqui a pouco e acaba. Ou melhor, começa...

Leia Mais

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Escrevendo por escrever #2

Gostaria de escrever poesias tão bem como o R., ou então conseguir criá-las de forma espontânea como Raymond Smith e Japhy Ryder, enquanto escalam montanhas altíssimas ou se embriagam com vinho ou quando pegam caronas por todas as estradinhas dos Estados Unidos. Não sei como e nem quando exatamente eu fui pego por isso que chamo de 'bloqueio criativo'. Talvez tenha sido durante minha infância, algum evento traumático que já não recordo mais. Talvez seja simplesmente a falta de prática, como uma máquina velha que está emperrada. Talvez talvez talvez.

Algumas folhas de papel teimam em ficar caindo da mesa quando arrasto meu braço. São os mapas da viagem, um checklist de itens que vou levar e rabiscos. Minha irmã me conta notícias dos meus sobrinhos através do MSN e um deles, o Mateus - tadinho - está com uma infecção urinária. O Mateus é um figurinha. Minha xícara de chá verde está começando a amornar. Quero deitar na cama quente e ler um monte até gastar o resto das energias e dormir, e quem sabe amanhã cedo ao acordar eu consiga lembrar de algum sonho gostoso e dê um leve sorriso antes de ir trabalhar.

Um pequeno sorriso assim que você acorda pode mudar o seu dia inteiro.

- Pra não passar batido: hoje conheci uma ruivinha maravilhosa.

Leia Mais

domingo, 21 de junho de 2009

Sem formatação, escrito velozmente

prestes a viajar para a bahia, tentando não criar muita expectativa quanto à uma viagem muito esperada, que promete descansar minha mente e extasiar meus sentidos. quanto mais perto da viagem fica, mais estressante o trabalho se mostra.

novas idéias sobre o sofrimento e o prazer foram apresentadas ontem, pelo simpático e cômico lama-com-sotaque-engraçado, pessoa extremamente querida que me faz rir. já viu compaixão fluindo para fora do corpo de alguém? o sofrimento está aí para nós dar motivação, diz ele.

e para os meus amigos eu só penso em dizer: BOM INVERNO PRA VOCÊS!! (hehe =P)

Leia Mais

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Multicolr Search Lab

Enquanto perdia mais um pouco de tempo da minha vida na internet, esses dias aí, acabei encontrando uma ferramentinha muito interessante (e a princípio, muito inútil) desenvolvida por estes figurões. A paradinha faz uma busca por imagens no site do Flickr baseada nas cores que você seleciona, ao invés de tags e descrições. Sim, nas cores!!!

A parada é auto-explicativa e cria um efeito visual incrível: acesse aqui.

Leia Mais

domingo, 14 de junho de 2009

Escrevendo por escrever #1

...Uma coisa que li sobre o Tao e compreendi na hora (contradição) é o wu-wei. Uma tradução porca para o português define que wu é não, ou não ter, e que wan é agir, fazer. Logo, wu-wei é não fazer, não-ação, ou sem-ação. É visto também o paradoxal wei-wu-wei, ação sem-ação. No contexto que o Alan Watts utiliza de exemplo, wu-wei significa viver sem fazer esforços, sem apego por resultados de suas ações, ou simplesmente deixar rolar. Se tentamos alterar o curso natural das coisas gastamos muita energia, nos cansamos e provavelmente acabaremos irritados. Watts dá um exemplo (agora não sei se foi bem ele) de uma pessoa que cai na água e ao invés de permanecer imóvel e boiar fica se debatendo, e dessa forma acaba afogada.
Quando tomei consciência de como ía contra acontecimentos naturais e inevitáveis na minha vida (não me interessa entrar em discussões sobre destino), descobri a fonte de inúmeros sofrimentos meus.. Não todos, mas vários deles. E cara, a vida tem corrido muito mais tranquila até agora.
Um outro ensinamento que eu sinto muita vontade de compartilhar com os meus amigos, que aprendi lendo Thich Nhat Hanh: acordar e sorrir. Isso é capaz de gerar uma paz tão grande no seu interior que é simplesmente inexplicável... Quer dizer, não há necessidade. Eu poderia escrever diversas explicações com termos budistas, mas para que? O Thay também fala muito sobre a atenção plena a todo momento, e isso é impressionante quando feito na prática. Eu tenho vontade de passar esses e outros ensinamentos para diversas pessoas, principalmente meus amigos mais próximos (sim, vocês), mas muita vezes esbarro no pensamento de que talvez eles interpretem minha ação como arrogante, "ih, ó o cara querendo pagar uma de mestre pra cima de mim, cuzão!", ou qualquer outra merda do tipo. Provavelmente esta é mais uma barreira a ser quebrada.
Jazz segue sendo melhor que rock, na minha humilde opinião. Ouçam as duas últimas músicas do cd Today And Tomorrow, do McCoy Tyner e sintam isso! São elas Five Spot After Dark e Flapstick Blues. 7 minutos de jazz puro e suave, com sentimento... Ou então o cd Abstraction & Improvisation de Lennie Tristano!

Leia Mais

sábado, 13 de junho de 2009

Dharma Bums

A pedra contra a qual acampamos era uma maravilha. Tinha dez metros de altura e dez de base, quase um quadrado perfeito, e árvores retorcidas inclinavam-se sobre ela para olhar para nós lá embaixo. A partir da base, projetava-se para a frente, formando um côncavo, de modo que se chovesse estaríamos parcialmente cobertos. "Como foi que essa filhadaputa imensa conseguiu chegar até aqui?"
"Provavelmente foi deixada por uma geleira que se retraiu. Está vendo aquele campo ali coberto de neve?"
"Estou."
"É o que sobrou da geleira. Ou isso ou esta pedra rolou até aqui de montanhas pré-históricas incríveis que não temos condições de entender, ou talvez tenha vindo parar aqui quando a porra da cadeia de montanhas emergiu do solo na sublevação da costa do período Jurássico. Ray, quando você está aqui você não está acomodado em uma casa de chá de Berkeley. O começo e o fim do mundo estão bem aqui. Olhe só para todos estes budas cheios de paciência nos observando sem dizer nada."
"E você costuma vir aqui sozinho..."
"Passo semanas a fio aqui, igualzinho a John Muir, escalo as montanhas sozinho, seguindo filões de quartzo ou transformando campos floridos em acampamento, ou simplesmente caminhando por aí nu e cantando, e preparo meu jantar e rio."
"Japhy, preciso tirar o chapéu para você, você é o carinha mais feliz do mundo, e também o maior, por Deus, é sim. Com certeza me sinto contente de aprender tudo isto. Este lugar também faz com que eu me sinta devoto, quer dizer, você sabia que eu tenho uma reza, você conhece a minha reza?"
"Qual?"
"Eu me sento e falo, e listo todos os meus amigos e parentes e inimigos um por um, sem me prender a nenhuma raiva ou gratidão nem nada, e digo assim 'Japhy Rider, igualmente vazio, a ser amado igualmente, igualmente um Buda que está por vir', e continuo, digo, a 'David O. Selznick, igualmente vazio, a ser amado igualmente, igualmente um buda que está por vir', apesar de não usar nomes como David O. Selznick, só falo de gente que eu conheço porque quando digo 'igualmente um Buda que está por vir' quero visualizar os olhos da pessoa em questão, como por exemplo Morley, os olhos azuis que ele tem atrás daqueles óculos, quando você pensa 'igualmente um Buda que está por vir' você está pensando naqueles olhos e de repente você vê mesmo a serenidade secreta e a verdade sobre a transformação dele em Buda. E daí você pensa nos olhos dos seus inimigos."

Leia Mais

domingo, 7 de junho de 2009

Breve atualização

Ok, passei mais alguns dias sem computador e mesmo depois que ele foi instalado, foi penoso guardar tempo para vir até aqui. Nesse meio tempo minha cabeça continuou tendo alguns poucos espasmos criativos, os quais não me dei ao trabalho de registrar.

- Voltei a morar com os meus pais depois de uma briga com o meu irmão, com quem eu dividia o apartamento. Já estava até me acostumando com a idéia de morar aqui, apesar do stress constante, principalmente porque poderia guardar muito mais dinheiro para viajar logo... Porém, já arranjei um novo apê, dessa vez só meu (oh yeah!!) e me mudo assim que voltar de férias

- Falando em férias... FALTAM 20 DIAS PARA EU TIRAR MINHAS FÉRIAS!!! Depois de quase 2 anos trabalhando na GVT, vou poder passar 20 gloriosos dias na Chapada Diamantina e bem, estou tentando não criar muita expectativa, mas tá foda!

Leia Mais

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A grande mídia adora desastres

Fui pego de surpresa por esse 'desastre do vôo 447'. Não sou de assistir muita TV, e quando faço dificilmente paro em canais de notícia. Também não sou tão fã de jornais, seja na versão de papel ou online... Até dou uma lida, mas sempre em seções específicas. Evito ler as grandes notícias, os blockbusters... Acho que a maior parte do conteúdo de um jornal não é realmente informativo, mas sim comercial.

Fiquei sabendo do acidente no trabalho, quando ouvi colegas comentando 'vocês viram o avião que desapareceu?'. De imediato pensei: quanto tempo faz que aconteceu o último grande acidente aéreo no Brasil?

Sinto pelas vítimas e familiares, mas acho RÍDICULO como a mídia cria essa sensação de 'tragédia', como transformam esses casos em simples pontos do Ibope, só mais um jeito de vender a edição do jornal, ou ganhar mais pageviews nos sites, ou fazer com que a propaganda do comercial renda mais... No fundo no fundo, é evidente (tá na cara!!) que eles não querem nos informar, mas sim enfiar goela a baixo mais um produto.

Enquanto isso, na página inicial da versão online do Estadão:

Veja galeria de imagens da dor dos familiares

A sensação é parecida com a que senti quando vi a foto de um amigo meu, covardemente assassinado, na TV, como o grande caso da vez...

Leia Mais