domingo, 2 de agosto de 2009

01 de agosto de 2009

Escrevi isso no trabalho e dei uma boa alterada agora, antes de publicar. Foi um tipo de desabafo.

01 de agosto de 2009, às 23:16

Estava no trabalho, atendendo um cliente chamado Sauli. Pela voz imaginei ter uns 30 anos. Mora no Água Verde, próximo da casa de meus pais. Parecia uma pessoa simpática, mas já tinha me tomado 17 minutos em atendimento. Mais 3 minutos na linha foram o suficiente para considerá-lo um tremendo babaca. De qualquer maneira, consegui controlar minha irritação e atendê-lo bem. Não me interessa a nota que ele me deu na avaliação.

Hoje me irritei muito e plantei sementes de raiva por horas. Fui culpado por algo que não fiz, e a única pessoa que poderia esclarecer a situação preferiu, ao meu ver, lavar as mãos e se colocar fora de todo o ocorrido. Preferiu não arriscar seu relacionamento falando a verdade, o que iria provavelmente sujar sua imagem. O que tornou tudo mais irritante: é a segunda vez que passo por esse tipo de situação com essa mesma pessoa. De qualquer forma, após muitas horas, olhei com atenção para a minha raiva e a compreendi, a superei. É um processo doloroso ignorar a ferida no ego. Não importa o desfecho da história, não me importa não conseguir expor a verdade de forma clara. Sei que algum dia, em algum momento, ela vem a tona - e sei também que não será pela minha mão. Meu irmão outro dia reclamava da sua ex-esposa e disse: "quem magoa é magoado". Isso me serve, em ambos os sentidos. Assumi, essa tarde, o papel de magoado. Por outro lado, para que isso tenha acontecido comigo, eu devo ter cultivado karma ruim em outras vidas ou mesmo nessa. O "mal" não nos ataca sem motivo, somos nós mesmos que o chamamos. Ao menos consegui deixar a raiva de lado e dar uma risadinha pensando na merda toda. Será isso purificação de carma?

(E vejo um avanço: não descontei nos clientes que atendi hoje!)

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